quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

THE JESUS MOVIMENT


O Jesus Movement teve início na Califórnia e foi se espalhando por várias cidades, faculdades; onde havia jovens essa onda foi se espalhando através da música, das artes e dos esportes. Havia nessa época o movimento hippie, a rebeldia, a “contra-cultura”. Era a época das drogas, das “viagens espirituais”, a época de Aquários. Tudo isso colaborou para que essa sede pelo radical, pelo novo e pelo sobrenatural brotasse no coração da moçada.

As Igrejas tradicionais não conseguiam absorver essa geração de malucos, e por isso criou-se todo um pano de fundo propício para que o Evangelho fosse pregado de maneiras “alternativas”, com o surgimento dos grupos caseiros, pregações nas praias e nas quadras esportivas. Os pastores relutavam em receber em seus templos jovens cabeludos, fumando, com aquelas músicas esquisitas. Alguns poucos pastores tiveram a coragem de romper esse preconceito e apoiar o ministério entre os “malucos”.

Muitas comunidades “underground” foram surgindo para absorver as novas conversões desse pessoal esquisito. Surgiu a fusão do rock e a música gospel (sacra) e vários jornais (tipo os fanzines que os fã-clubes editavam) eram publicados para atingir a galera. Esses foram instrumentos poderosos para o avivamento que se espalhava. É verdade que muitas comunidades radicais e heréticas surgiram junto com esse movimento todo, mas a maioria foi de algo saudável e bíblico.

Somente em 1970 a mídia americana notou a existência desse movimento, e os jovens eram chamados de “Jesus Freaks” (Loucos de Jesus). As redes de televisão começaram a notar que se tratava realmente de um “movimento”, e começaram a divulgar os grandes batismos feitos nas praias, as enormes reuniões de oração e os festivais de música cristã. Importantes veículos de comunicação como as revistas Time, Newsweek, Life eRolling Stone registraram esses eventos. Dentre tantos, “Jesus Movement” era um dos fenômenos sociais mais notáveis da década de 60/70.





Com o final da guerra do Vietnã, os ideais de paz e amor chegavam ao fim. Todo o idealismo de uma época também começava a dar sinais de exaustão. O “Jesus Movement” também foi murchando, até ter o seu fim no meio dos anos 70. Mas seus frutos estão aí: ministérios surgiram, igrejas foram organizadas, bandas gravaram suas músicas. Nada foi igual depois do “Jesus Movement”.

Um ponto marcante para o "Jesus Movement" foi a abertura de uma cafeteria, "The Gathering Place Coffee House" por um cara chamado Jim Cox em 1969. Ele era um presidiário que após ser solto sentiu um forte chamado para lidar com as pessoas que perambulavam pelas ruas.

O “Jesus Movement” foi um agir soberano do Espírito Santo no meio da juventude americana na década de 60/70. Esse mover de Deus teve início de forma independente e isolada em regiões que pouco contato tinham entre si. Esses jovens experimentaram uma mudança de vida radical ao se encontrarem com Cristo. Esses jovens se reuniam nas casas, nas igrejas, nos ginásios e nas lanchonetes a fim de entenderem o que estava acontecendo e para aprender mais sobre a Bíblia e sobre Jesus.

O meio de comunicação desses jovens eram os jornais publicados pela comunidade dos “Jesus Freaks”. O mais famoso deles foi o “Hollywood Free Paper” que era distribuído nas esquinas da cidade e acabou se tornando o porta-voz do movimento.

No meio disso tudo surge uma Igreja na Califórnia, a Calvary Chappel e seu pastor Chuck Smith. Esse pastor acabou tendo a sensibilidade de querer alcançar esses jovens hippies e abriu a sua igreja prá receber essa moçada. Mais tarde ele trouxe um hippie que havia se convertido, Lonnie Frisbee, para ser seu auxiliar nessa tarefa de evangelização dos hippies.

As reuniões de estudo bíblico na Calvary Chappel aconteciam ás quartas-feiras á noite, e por volta das quatro da tarde os jovens começavam a chegar, tamanha era a sede e a fome da Palavra! Essas reuniões eram recheadas de música e testemunhos. Os jovens convidavam seus amigos não salvos e havia um momento para que eles pudessem aceitar o convite de entrega de suas vidas a Cristo. O movimento de jovens cabeludos e vestidos de maneira estranha era tal que a polícia frequentemente ficava nas redondezas da igreja.

O que fazer com essa moçada que dia a dia ia sendo acrescentada á Igreja? Conforme o movimento todo ia aumentando, a mídia publicava o vertiginoso crescimento e isso atraía mais pessoas ainda. Uma das soluções foi organizar pequenos grupos caseiros, onde esse pessoal se reunia quase que diariamente. Uma das situações mais emocionantes de tudo isso eram os batismos na praia. Os “malucos” saiam pregando o evangelho aos surfistas e banhistas e os batizavam ali mesmo, no melhor estilo “João Batista”!


Se os anos 60 foram revolucionários no que diz respeito as drogas, a libertinagem sexual, a rebeldia e outros. Foram também no que diz respeito ao Movimento de Evangelismo de Impacto. Aquela década fez, com certeza, a igreja repensar em seus movimentos de evangelismo. Sem querer entrar no mérito teológico da questão, já que não me cabe, a ousadia dos que foram trouxe efeitos fundamentais pra o cristianismo contemporaneo.

Esse foi o Jesus Moviment, um grande avivamento e uma grande revolução no que se diz a respeito de missões urbanas. 

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